Vivemos numa época de evolução muito rápida e de inovações tecnológicas em todas as áreas.

Com a mesma rapidez dessa evolução, surgem conceitos inovadores com soluções práticas e simples com um resultado fantástico.

O vidro é um dos elementos mais antigos nas construções civis.

Passamos pelo vidro plano, laminados, temperados, coloridos, curvos, vidros à prova de balas, jateados, espelhados (até mesmo o espelho), foscos, brilhantes, com textura, com película escurecedora ou opaca, duplos (antirruído), duplos com gás especial (proteção térmica) etc.

Todas essas tecnologias são utilizadas até hoje.

Uma nova tecnologia está sendo muito aplicada devido à somatória das possibilidades acima, mas que agrega uma inovação que será muito utilizada em novos edifícios ou em projetos de retrofit: o vidro fotovoltaico.

Conhecido como BIPV, Building Integrated Photovoltaics, esta é uma novidade que reforça o conceito da eficiência energética nas edificações, sendo esta cada vez mais considerada nos projetos internacionais, tanto por arquitetos e engenheiros, como por investidores interessados em trazer tecnologia às edificações aliadas à sustentabilidade, economia e retorno ao investimento.

O vidro fotovoltaico possui, além das vantagens já conhecidas do vidro:

1. Mantém a iluminação natural;
2. Possui filtros UV e IV – diminuem o equipamento de ar condicionado e o consumo de energia elétrica subsequente;
3. Isolamento acústico;
4. Reduz a emissão de CO₂;
5. Tem estética e customização, mantendo as soluções projetadas pelos arquitetos;
6. Produz energia elétrica limpa e
7. Trazem rápido ROI, Retorno do Investimento, em função da economia no consumo de energia gerada e ainda pela geração de energia,

O vidro normal não oferece ROI ao empreendimento.

O vidro fotovoltaico gera energia, por mais de 25 anos e além de sua transparência e em relação às placas fotovoltaicas, têm também a vantagem de poderem ser colocados em qualquer posição, vertical ou horizontal, e até mesmo na presença de sombras, pois geram energia na presença de luz reflexiva.

As aplicações para o vidro fotovoltaico são inúmeras, desde claraboias, revestimento exterior do edifício (“pele de vidro”), passagens entre edifícios etc. Por suas vantagens as reformas ou modernizações (retrofits).

Tendo vários graus de transparência, pode-se ver através dele, tranquilamente, como olhamos por uma janela.

Pelo fato de manter a transparência, possuir filtro para UV e IR, e de acordo com a aplicação, pode dispensar o uso de persianas (manuais ou automáticas) ou “roll on” e seus inconvenientes, ou seja, limpeza ou manutenção ou substituição.

Totalmente sustentável, o BIPV, gera pontos relevantes para o LEED (certificação para edifícios verdes do Green Building Concil).

O vidro fotovoltaico é montado da mesma forma que o vidro comum, ou seja, o próprio instalador da estrutura pode colocar o vidro, sem alterar a logística de montagem já conhecida do montador, tendo apenas que interligar, com um simples conector, manualmente, cada um dos vidros.

Da mesma forma que as placas fotovoltaicas, a energia gerada pode ser consumida localmente, ou armazenada (baterias) ou mesmo ser conectada à rede, gerando créditos, como microgeração de energia elétrica, prevista na Resolução Normativa 482.

Para exemplificar, um 10 m² de vidro fotovoltaico BIPV, pode gerar energia para alimentar mais de 150 pontos de iluminação (lâmpadas LED com 12 W, por 4 horas diárias).

Outra aplicação do vidro fotovoltaico é que pode ser utilizado para piso em áreas externas, fabricado com sistema antiderrapante, podendo até ter retro iluminação, de acordo com o designer, proporcionando um ambiente agradável e moderno.

Essa tecnologia pode ser empregada para mobiliário urbano (pontos de ônibus, mesas em parques etc.) – para iluminação ou mesmo para carregar celulares, além de poder ser aplicado em indústrias, shopping centers, prédios comerciais, áreas externas (piso) para edifícios corporativos ou residenciais, entre outras aplicações.

BIPV, o vidro tecnológico que veio para revolucionar conceitos e trazer mais eficiência para a edificação.